Você já deve ter escutado a frase, “não basta ser honesto, é preciso parecer ser honesto”.
Em tempos de mídias sociais, em que muitas vezes se publica o que não se é, e se é aquilo que não se publica, trazemos este questionamento. É preciso apenas ser, apenas parecer ou seriam complementares?
Baltasar Gracián, escritor e filósofo espanhol, em sua obra, “A arte da Sabedoria” afirma que “ninguém é lembrado apenas pelo que é, mas também pelo que parece ser.”
Pense, algo que é concreto, é o que se parece ser? O diamante tem a aparência externa cristalina e brilhante, além de ser a substância natural mais dura que existe. Certo?!
Mas seriam estas informações suficientes para se afirmar que de fato é um diamante o que você está enxergando? A prudência sugere que não. Por isso, é necessário analisar as propriedades químicas daquele material para confirmar se aquilo que parece ser, é diamante de verdade, um cristal ou outra coisa que se parece com diamante. Por outro lado, se o diamante é diamante, mas está em formato bruto, sem estar minerado e lapidado, talvez o seu valor passe despercebido pela maioria das pessoas.
Assim, é necessário fazer o processo de refino através da lapidação para transformá-lo naquilo, com a aparência que tenha o valor que de fato deveria ter.
Agora, pense você, em uma loja de joias certificada, e se depara com uma bela peça cristalina e brilhante, irradiando plena beleza plena, além de trazer consigo o certificado pureza do diamante, não há dúvidas. É aquilo que parece ser e parece ser aquilo que é. E por isso mesmo, não costuma ser barato.
Vamos trazer esta história para a nossa vida.
A ciência comprovou que inconscientemente nosso cérebro analisa e julga alguém pela sua aparência em segundos. Por isso, parecemos ser melhores que somos, criamos expectativas no outro, mas quando chamados a dar a prova, para entregar o que parecemos ser, e não o fazemos, logo desmorona a nossa credibilidade. Por outro lado, se somos melhores do que parecemos ser, podemos passar despercebidos e perder diversas oportunidades na vida, pela ausência da lapidação e aparência, o que igualmente compromete a credibilidade.
O mais sábio que se pode fazer em termos de carreira é investir no autoconhecimento e nos lapidarmos para alcançarmos a congruência, que significa o alinhamento interno e externo do pensar, sentir e agir. Na perspectiva de carreira, estar alinhado em aparência e comportamento, conforme a situação e o ambiente sugerem maturidade de uma pessoa lapidada. Como dizem em Minas Gerais, “tem que ornar”, “nem demais, nem de menos”.
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